Saturday, February 04, 2006

A Fisiologia da Paixão




Apaixonamo-nos não pelo outro, mas pelas fantasias que criamos acerca dele. Fascinamo-nos por quem vê a vida de forma oposta à nossa.
A dopamina, a adrenalina e a serotonina são as responsáveis pelo enamoramento, a cegueira do amor, cujos sinais se assemelham aos de uma gripe vulgar (insónia, perda de apetite, taquicardia, falta de ar e aumento da temperatura).
A desilusão amorosa produz danos cardíacos. Isto porque os sustos e ataques de raiva diminuem temporariamente o volume de sangue que chega ao músculo que conhecemos por coração. Quando se recebe uma notícia chocante, a corrente sanguínea é inundada com hormonas de stress (adrenalina), responsáveis pela falha cardíaca (com frequência desabafa-se com um 'o meu coração parou' ou 'gelaram-me as veias').
Uma em cada três pessoas desapaixonadas não aceita o 'amor valium' e aventura-se em novos 'sprints'. São personalidades impulsivas que saem da relação por medo de serem deixadas e voltam à estaca zero, ao lado de outra pessoa.
O romance é um jogo emocional inofensivo que nos faz agir e crescer, desde que não procuremos viver a vida em função dele. Porque aí, não há pedido de socorro que nos valha!
A dor do amor pode ser fatal e deve ser levada a peito. Até lhe chamam Síndroma do Coração Partido. Já sei do que padeço :)

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